sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LEMOS CONTIGO…NATAL


LEMOS CONTIGO…NATAL

Porque a leitura recreativa pode enriquecer as tuas competências leitoras e o NATAL está à porta, no âmbito do Projeto aLeR+, sugerimos-te vários títulos alusivos ao tema.
Desafia as tuas leituras!

Iniciamos a leitura contigo: Sonhos de Natal é, pois, um livro em que a infância e a memória andam de mãos dadas com o espírito natalício. Sonhos de Natal, de António Mota e Júlio Vanzeler é uma leitura de tradição e afetos.
A ação situa-se num pequeno espaço rural. A narrativa é narrada por uma voz infantil.

Lê connosco este excerto:

«A primeira coisa a ir para dentro da gruta foi o musgo. Com muito jeito alcatifámos o chão com mantas fofas e verdes que fomos tirando das cestas. As heras foram crescendo em redor. E, de repente, o interior da gruta transformou-se numa serra verdinha, com arvoredo e cheia de pasto, a precisar de um rebanho de ovelhas e de alguns pastores. (…) Feita com espigas de trigo, saiu da caixa uma manjedoura. Era uma boa ideia. Se chovesse ou nevasse, aquela manjedoura serviria para lá pôr o feno seco para o rebanho comer. Outro pastor chegou. Aquele pastor, que era ainda rapazinho e tinha um chapéu roto na cabeça, foi pôr-se junto dos cordeiros. E fez muito bem. Aquela serra não estava vigiada. Se aparecesse um lobo, os cordeiros, coitaditos, nem sequer teriam tempo de chamar pelo cão. Depois apareceu uma vaca (…). Do outro lado veio encostar-se um burrinho. Logo depois apareceu S. José e foi encostar-se à manjedoura. Atrás de José, veio Maria. O burrinho, a vaca, José e Maria estavam a olhar para a manjedoura. Bem se via que estavam preocupados. O bafo muito quente saía das narinas da vaca e do burrinho e aquecia a palha da manjedoura. Uma estrela prateada apareceu no cimo da gruta, bem perto de um galo que não parava de cantar. Finalmente, muito gorducho, sempre a rir, só com uma fralda de pano no corpo, o Menino Jesus foi posto na manjedoura. Depois ficámos bastante tempo a olhar. A olhar. Calados. O silêncio era tão grande naquela gruta que até parecia que ouvíamos o Menino Jesus a respirar tranquilamente.»




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